Indígenas são excluídos na Cúpula das Américas
Texto por Cauê Porcé para Cobertura Colaborativa NINJA People’s Summit
“Temos que nos unir os povos indígenas e povos do mundo todo para que possamos modificar o sistema que aqui está. Modificar o sistema significa partilhar conhecimento, partilhar recursos naturais, partilhar amor.” A liderança indígena Toya Manchineri, da Amazônia fala em protesto em Los Angeles, EUA, sobre a importância de se unir contra esse sistema excludente que se exemplifica na Cúpula das Américas.
Enquanto no Brasil o congresso corre para tentar acelerar os Projetos de Lei 490 e 191, que autorizam o garimpo e mineração em terras indígenas, em Los Angeles representantes de comunidades indígenas da Amazônia denunciaram que foram excluídos da Cúpula das Américas com a justificativa de que “não há espaço para todos ”. No entanto, o evento que ocorre esta semana tem em sua agenda temas como a discussão sobre as mudanças climáticas e o direito dos indígenas e seu território.
Fundadora e presidente da ONG Amazon Watch, Atossa Soltani alerta “as vozes dos indígenas não estão sendo ouvidas”. De acordo com Soltani, foram vários indígenas que se inscreveram para participar das atividades da Cúpula, percorrendo vários quilômetros até chegar ao local do evento para serem barrados ao chegar. Soltani ainda afirma que “os povos indígenas não só têm as soluções para a nossa crise climática e biodiversidade, eles são os habitantes originários”.
Os representantes representantes indígenas organizaram manifestações e protestos pedindo ações aos líderes da região.